Projeto DiscipuLAR

PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA A IGREJA DOMÉSTICA.

sábado, 21 de janeiro de 2012

OS BENEFÍCIOS DO DISCIPULADO NA IGREJA DOMÉSTICA


“Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros” (Romanos 14.19).

A igreja doméstica ou grupo familiar é um ambiente onde o crente pode aprender a servir e a ser servido dentro de um contexto de mutualidade. A Bíblia é clara acerca da responsabilidade que temos como membros do Corpo de Cristo no ministério de “uns aos outros”. “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pedro 4.10).

A responsabilidade de cada discípulo no contexto familiar na vida da Igreja acontece naturalmente, na medida em que cada um serve ao outro com o dom que recebeu da parte de Deus. Os dons e funções são distribuídos entre os membros, visando a edificação do Corpo de Cristo. “Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Efésios 4.16).

Para que a “Igreja no Lar” cresça e se multiplique é necessário que compreendamos o significado do “Ministério dos Santos”. Caso contrário, o crescimento e a multiplicação da igreja ficarão comprometidos pelo fato de não surgirem novos líderes para o pastoreamento de novos discípulos.

Em I Coríntios 14.12, o apóstolo Paulo exorta a igreja a “desejar os dons espirituais”; e também “procurar tê-los em abundância”; mas com um propósito: “A EDIFICAÇÃO DA IGREJA”. Portanto, a “diversidade” de dons, ministérios e realizações, são imprescindíveis na edificação da Igreja de Cristo.
“E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Efésios 4.11, 12).
Os dons descritos em Efésios 4.11 foram dados para preparar os crentes para a obra do ministério, afim de que todos promovam a edificação do Corpo de Cristo. Dentro deste contexto podemos aplicar os mandamentos mútuos transmitidos por Jesus e por seus apóstolos no ambiente da igreja doméstica.

  • Encorajando uns aos outros: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Tessalonicenses 4.18).
  • Falando palavras que produzam edificação: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Efésios 4.29).
  • Compartilhando nossos fardos: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6.2).
  • Praticando o princípio da honra: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12.10).
  • Amando de maneira profunda e sincera: “Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro” (1 Pedro 1.22).
Esses são apenas alguns exemplos. O que eu quero frisar aqui é que a igreja no lar oferece um ambiente natural e informal para o cumprimento do mandamento de edificar um ao outro.

É nas reuniões informais da igreja no lar que os dons espirituais de cada membro podem ser descobertos, ativados, desenvolvidos e usados na vida comum da congregação.

É exatamente nesta estrutura familiar que cada indivíduo é nutrido e encorajado a descobrir e a aprender acerca dos dons através do seu envolvimento com o ministério no Corpo de Cristo.

Baseando-me em Atos 1.1 que diz: “Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar”; acredito que a maneira mais eficaz de discipular alguém não dar a ela só a informação através de um apostila ou manual de estudo, mas produzindo formação no caráter de Cristo através de princípios.

Jesus não só manifestou as obras do Pai enquanto esteve na terra, mas ensinou aos seus discípulos a maneira correta de realizar as mesmas obras. E por fim, Ele os enviou a dar continuidade na sua obra, fazendo discípulos.

No modelo de discipulado de Jesus a formação de um discípulo se dá seguinte forma:

1. Comunicação – Informe o princípio a ser aprendido.

2. Demonstração – Mostre como deve ser feito.

3. Prática – Deixe-o fazer com acompanhamento.

4. Envio – Chega a hora que tem que liberar, para que aconteça a multiplicação.

Desta maneira cada discípulo crescerá em fé até alcançar um nível de maturidade, e sob o cuidado e orientação de alguém com maturidade espiritual, será preparado para cuidar de outros seguindo este mesmo modelo.

Concluo dizendo que, na igreja doméstica o indivíduo deixa de ser mais um número no meio da multidão e passa a ser considerado um membro essencial de uma família em processo de restauração, onde suas necessidades espirituais, materiais, sociais e emocionais poderão ser supridas, à medida que a vida de Cristo é compartilhada nas relações mútuas.

No Amor de Jesus,

Edu Lopes

Arujá, SP

Nenhum comentário: